sábado, 1 de janeiro de 2011

“…e essa falta cresce  à cada dia, de forma avassaladora…
quando enfim penso que estou me acostumando,  que estou te esquecendo,
você ressurge de forma inesperada ocupando todos os espaços,  transbordando de
dentro de mim.. e é nessa inconstante loucura que vivo sem te ter.”

Caio Fernando Abreu 


Diferente de absolutamente todos as outras viradas de ano, essa, eu quase não bebi, eu não usei preto, eu não abracei as pessoas que eu amo (exceto mãe), não subi em lugares altos, não comi lentilha, não vi os fogos, não olhei nos olhos de ninguém,  não liguei pra ninguém (aliás, fiz uma única ligação e não a deveria ter feito).
Não sei o que trás felicidade, aliás, não sei mais! Ontem, nada ajudou, família, amigos, dinheiro, álcool, "carreiras", Engenheiros, chocolate, abraços, NADA. Fui nos quatro cantos da cidade, em praticamente todos os locais onde havia festa, com pessoas diferentes, não serviu de nada.
Cheguei lá pelas "tantas" da madrugada, perdi o sono, liguei o pc pra ouvir Leoni, passei uma eternidade pra dormir mas, finalmente apaguei quando os primeiros raios de sol atravessaram o vidro da janela.

O primeiro dia do ano passado também não foi perfeito, tudo é uma questão de correr atrás do que se quer.. E isso, é primeira meta pra esse ano, definir o que quero de verdade e ir buscar, afinal, se eu ficar esperando, ninguém vai me trazer! 

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Utopia

A Utopia está lá no horizonte.
Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a Utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar. 

Eduardo Galeano

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Esses dois textos passaram a noite inteira girando na minha mente!



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